sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Morcegos: Os verdadeiros vampiros.

Que os morcegos não possuem uma boa visão todos já sabem. Mas então como esses mamíferos se alimentam? Seu segredo foi descoberto por cientistas que encontraram uma proteína específica que ajuda o morcego a se alimentar durante a noite. Esses animais são hematófagos (que se alimentam de sangue), e saem em busca de sua presa a noite, onde a visão é mais limitada. O mamífero ao pousar na sua presa, precisa ser exato e ir direto a veia para conseguir sua refeição, caso contrário a presa percebe sua presença e acaba espantando-o. 
     Um estudo publicado recentemente pela revista Nature, desvenda o segredo da mordida exata dos morcegos vampiros. Esses animais possuem um tipo de proteína que está presente em outros animais, incluindo o homem. Trata-se de uma proteína receptora chamada TRPV1 e tem a função de identificar quando um objeto está quente, acima de 43°C. Já a proteína TRPV1-S (com 62 aminoácidos a menos que o TRPV1) é uma variante que existe exclusivamente nos morcegos hematófagos, que mostra ao animal objetos quentes a partir de 30°C. 
     Para os pesquisadores o surgimento dessa proteína específica foi desenvolvida pela seleção natural da espécie dos morcegos hematófagos para aperfeiçoar sua alimentação. 


Curiosidades: Apenas 3 das 987 espécies de morcego se alimentam de sangue. Os morcegos vampiros com a ajuda dos dentes incisivos e caninos cortam a pele do animal. Com a ferida aberta, a saliva presente no morcego é anticoagulante e permite que o sangue flua e o animal se alimente. Transmissor da doença raiva.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O curioso cogumelo azul.

O cogumelo azul, mais conhecido pela sua beleza e cor, é da espécie Entoloma hochstetteri, encontrada no continente indiano e na Nova Zelândia, no qual é considerado um símbolo nacional, aparecendo em cédulas e selos. Esse cogumelo é de pequeno porte, sua cor é totalmente azul, com pequena coloração avermelhada dos esporos. Através das fotos podemos achar que esses fungos foram coloridos artificialmente, ou então as imagens foram manipuladas. 
Descrito pela primeira vez no ano de 1866, como Hygrophorus hochstetteri, pelo austríaco micologista Erwin Reichardt, antes de ser dado o seu nome atual em 1962, por John Albert Stevenson. Pouco se sabe sobre esse cogumelo, inclusive se o mesmo é tóxico ou não. Mas como cogumelos coloridos trazem um histórico de serem venenosos, quando o assunto é ingestão, é melhor evitar os visuais mais “chamativos”.      
Durante anos os fungos foram considerados como plantas, mas em 1969, passaram a ser classificados em um reino diferenciado, o Reino Fungi por apresentar suas próprias características, diferenciando assim do Reino Plantae. Os fungos são organismos heterótrofos, ou seja, não produzem o próprio alimento, dependem da ingestão de matéria orgânica, viva ou morta, para sobreviver. As espécies que se alimentam de matéria orgânica morta possuem um papel importante na decomposição de animais e vegetais.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Vespas são capazes de reconhecer umas as outras.

A revista Science, publicou na sexta-feira (2), uma pesquisa coordenada por um grupo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, no qual se afirma que uma espécie de vespa é capaz de reconhecer as faces umas das outras. Os pesquisadores já tinham conhecimento de que as vespas são capazes de diferenciar formatos, mas o conhecimento facial, até agora só pode ser percebido na espécie Polistes fuscatus, conhecida como vespa-de-papel, uma vez que o teste foi feito em outra espécie, a Polistes metricus, e não apresentou o mesmo resultado. A capacidade das vespas se reconhecerem tem sua grande importância, por serem animais sociais e assim mantém o funcionamento da sociedade desses insetos.  


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Paquera: Cientistas estudam comportamento humano em aranhas.

Não só os homens agem por interesse. No meio animal podemos observar na iniciativa para que ocorra o processo de reprodução entre duas aranhas da espécie, Pisaura mirabilis, conhecida como aranha-de-jardim, o qual os machos oferecem presentes para as fêmeas com as quais pretendem cruzar. Nesta segunda-feira (14), foi publicada pela revista científica BMC Evolutionary Biology, um estudo que mostra as fêmeas levando em consideração a “qualidade” do presente na hora escolher seu parceiro.
O presente que vai ser entregue às fêmeas, vem embrulhado em fios de seda, que na sua maioria, traz um inseto, oferecido como alimento. Mas, durante o estudo foi percebido que alguns machos enchem o presente com sementes, ou com resto alimentar, que eles mesmos comeram. Os cientistas, para entender melhor esse processo, conduziram o aracnídeo a uma experiência. Eles colocaram as aranhas em três situações diferentes, nas quais o macho levaria uma mosca, um presente qualquer ou nenhum presente.
Os que não levaram presente conseguiram cruzar com as fêmeas por um período muito curto. Os machos que levaram presentes sem importância ficaram mais tempo, e o que levou comida, foi o que ficou mais tempo com a fêmea.
A coordenadora do estudo explica o que os machos pensam na relação: “Custa aos machos achar e embrulhar um presente, mas esses custos são reduzidos se o macho não tem um presente ou se dá um que já foi comido. O benefício do presente é uma relação mais longa, que leva a maior transferência de esperma e, potencialmente, as mais descendentes. No entanto, as fêmeas se decepcionam e terminam a relação antes quando recebem presentes inúteis”, explica a pesquisadora da Universidade de Aarhus, na Dinamarca.
Como conclusão a cientista afirma que: “Os resultados finais mostram que o número de ovos foi menor se a fêmea não recebeu um presente, mas a diferença foi pequena se o presente era comestível ou não. O sucesso da enganação provavelmente explica por que as duas estratégias evoluíram juntas e foram mantidas na população”. 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Jonathan McGowan. O homem que come animais atropelados.

O taxidermista Jonathan McGowan de 40 anos se alimenta somente de animais que morrem atropelados, devido ao descuido de muitos motoristas e pela urbanização que avança sobre os habitats naturais desses animais, construindo estradas, em locais que esses bichos antes habitavam de forma tranquila.
A primeira vez que experimentou foi na sua adolescência, aos 14 anos de idade, ele encontrou uma cobra morta na beira da estrada, levou para casa e fritou na manteiga, comeu e garantiu que o gosto não é muito bom. Foi daí que surgiu a curiosidade de como seria o gosto dos animais que morrem atropelados e passou a comê-los.
McGowan é um conservador e se orgulha com isso. Ele não gosta do sistema que o faz gastar dinheiro com carnes e por isso coleta animais mortos e fala que desde jovem, sempre foi interessado em história natural e foi criado em comunidades agrícolas, caçando no campo de Dorset, o que significava que estava bem no meio de tudo. “Todo lugar que eu olhava havia animais mortos, peixes que tinham sido apanhados, faisões baleados e animais que tinham sido atropelados na estrada tão naturalmente que fiquei atraído pela natureza e como funcionava” afirma McGowan.
Ele ainda afirma que, se não fosse por essa prática, ele jamais comeria carne e argumenta que não está contribuindo com o sistema cruel de matança de animais para o consumo e garante que os animais que encontra são mais frescos que os vendidos em supermercados, que possuem qualquer tipo de material inorgânico ou conservante. 
           
E você leitor, o que acha dessa prática? 

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Animais entram na era digital e postam mensagem no Twitter.

Em um projeto ainda experimental, a Universidade de Waterloo, no Canadá, criou um sistema de chip que implantado na orelha das vacas, transmitem as principais informações do animal durante seu dia a dia. Quanto e quando a vaca comeu, qual a distância que andou no pasto, quanto leite produziu e dados como idade, peso, histórico de vacinação, entre outros. Todas as informações ficam gravadas no chip, que posta mensagens no Twitter com os principais dados do dia. "O robô guiado por laser localizou minhas tetas." "Dei 15,4 litros de leite em 7 minutos e 12 segundos." "Tudo isso me deixou com fome: comi 1,408 kg”. Foram postadas por duas vacas na rede social Twitter: Amanda @ContrastAmanda e Mabel @ChargeMabel.
Outro projeto semelhante é desenvolvido pela empresa SONY, através do Laboratório de Ciência da Computação em parceria com a Universidade de Tóquio, no Japão que apresentou um pequeno dispositivo que “permitem os gatos falarem” sobre suas atividades desenvolvidas durante o dia. Esse dispositivo acompanha uma câmera, um sensor de aceleração e GPS para gravar as atividades do animal.
Esse aparelho coleta os dados e deduz as atividades feitas pelo gato, como dormir, caminhar e comer. Essas informações são passadas por Bluetooth para um computador e assim postadas no Twitter. 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Peixe realiza fotossíntese com ajuda de cianobactérias.

A pesquisadora Pamela Silver da Universidade de Harvard injetou cianobactérias, microorganismos responsáveis por cerca de 50% da capacidade fotossintética da Terra, em embriões de peixes da espécie Danio rerio, conhecido popularmente como paulistinha. O peixe sobreviveu e cresceu junto com as cianobactérias injetadas. Essas bactérias passaram e realizar o processo de fotossíntese dentro do organismo do peixe, que são transparentes, permitindo assim a observação do desenvolvimento.
A fotossíntese ainda não é suficiente para fornecer energia ao peixe, mas os pesquisadores estão planejando realizar outros processos de engenharia para aumentar a taxa de fotossíntese. O objetivo da pesquisa é aproveitar a capacidade desses organismos e modificá-los para fazer com que produzam mais tarde combustíveis e alguns elementos químicos. 

domingo, 18 de setembro de 2011

Cientistas descobrem nova bactéria que vive na cafeína.

As bactérias são microorganismos unicelulares, que se reproduzem por divisão celular ou fissão binária (processo que ocorre a duplicação do DNA seguido da divisão da célula bacteriana em duas células filhas). Suas células são geralmente esféricas ou em forma de bastonetes e na maioria das bactérias, sua proteção celular é feita por uma parede celular bastante resistente, além de algumas possuírem uma estrutura denominada cápsula, que lhe confere resistência às bactérias patogênicas contra o ataque e englobamento por leucócitos e outros fagócitos. As bactérias que causam doença são conhecidas como patogênicas.
Esses microorganismos podem ser encontrados em todos os ecossistemas presente na Terra e possuem uma grande importância nas áreas de saúde, ambiente e economia. As bactérias são encontradas no ar, solo, água doce, mar, e em seres vivos, participando de sua microbiota normal. 
       As bactérias são classificadas, quanto as suas formas:
- Cocos: células esféricas que podem vim isoladas, em pares (diplococos), em cadeia (estreptococos) ou em cachos (estafilococos).
- Bacilos: células cilíndricas, em forma de bastonetes, que se apresentam como células isoladas podendo apresentar outras formas, tais como os bacilos aos pares (diplobacilos) ou em cadeias (streptobacilos).
- Espirilos são células espiraladas e geralmente se apresentam isoladas.
Na Universidade de Iwoa, nos Estados Unidos, cientistas descobriram uma nova bactéria que vive de cafeína, em uma flor que havia no campus. A bactéria identificada como a Pseudomonas putida digere a cafeína no solo e em algumas plantas, como o cacau, erva-mate e o próprio café. Mas essa não é a grande novidade, uma vez que pesquisas anteriores mostravam que algumas bactérias já se alimentavam da cafeína e que serviam como pesticidas naturais (substância química ou um agente biológico, como vírus ou bactéria que é lançada no combate de pragas). A descoberta dessa vez é que elas usam uma enzima conhecida como N-demethylase para quebrar a cafeína em dióxido de carbono e amônia, para aproveitá-las.
      Equipe de cientistas isolou os genes da bactéria responsáveis por produzir a enzima digestora da cafeína, depois inseriram os genes em outra bactéria diferente e viram que ela passou a digerir também o composto. Com essa descoberta, fica em evidência o tratamento de vários problemas de saúde, uma vez que os subprodutos da cafeína já são usados na fabricação de remédios para asma, arritmia cardíaca e a melhora do fluxo sanguíneo.
A bactéria estudada pelos cientistas pertence ao gênero Pseudomonas que contem cerca de 40 espécies e é classificado em cinco grupos. A Pseudomona pudita são bactérias gram-negativas, em forma de bastonete e desempenha um papel importante na decomposição do ciclo do carbono. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Relação Parasitária entre vespas e formigas.

Considerados o maior número de grupos de animais na Terra, os insetos da ordem Hymenoptera são alguns dos mais conhecidos, com mais ou menos 103 mil espécies catalogadas que compreendem o grupo das formigas (15 mil espécies), vespas (68 mil espécies) e abelhas (20 mil espécies) (Giannotti, 1995). Os insetos são animais invertebrados e possuem uma proteção chamada exoesqueleto, tem três pares de pernas, corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen. Possuem também aparelhos ou peças bucais, equipamentos especializados nos tipos de alimentação dos insetos, são eles: sugador, mastigador, picador, triturador, lambedor e outros.
As formigas são insetos sociais, e sua dispersão é baseada através dos fatores climáticos, favorecendo ambientes úmidos e quentes e locais com variação climática. Cerca de 50 espécies estão adaptadas ao ambiente urbano. Têm grande facilidade de se adaptar em locais urbanos, instalando-se em locais com edificações humanas. Entre os insetos sociais, as formigas fazem numerosas relações parasitárias e mutualísticas e desenvolvem várias interações com animais, vegetais, fungos e bactérias (Boursaux-Eude, 2000).
Assim como as formigas, as vespas e maribondos também são insetos sociais que apresentam alto grau de associação com o homem (sinantropismo), podendo ser solitárias ou ainda parasitóides. As vespas parasíticas reúnem mais de 130.000 espécies descritas (Goulet & Huber, 1993). Entre as espécies de vespas parasitóides destacamos as Elasmosoma luxemburgens, Neoneurus vesculus, Hybrizon buccatus e Kollasmosoma sentum, que após a reprodução, depositam seus ovos em formigas adultas ou em estágios larvais em fração de milésimos de segundos. Assim que as larvas das vespas eclodem, as mesmas irão se alimentar dessa formiga que serviu como “ninho” desses insetos.
Dentro da relação entre a vespa e a formiga, podemos notar o parasitismo, quando indivíduos de uma espécie vivem no corpo do outro, do qual retiram alimento. Às vezes o organismo que sofre a ação parasitária pode chegar à morte. Nessa relação o indivíduo beneficiado vei ser a vespa e o prejudicado a formiga. 

O vídeo abaixo mostra a vespa Kollasmosoma sentum ovipositando em uma formiga. Confiram:



REFERÊNCIAS:
GIANNOTTI, E.; PREZOTO, F.; MACHADO, V.L.L.  Foraging activity of Polistes lanio lanio (Fabr.) (Hymenoptera, Vespidae).  An. Soc. Entomol. Brasil, 24: 455-63, 1995. GILLOTT, C.  Entomology. New York, Plenium Press, 1995. 798p. 
Boursaux-Eude C, Gross R. New insights symbiotic associations between ants and bacteria. Research in Microbiology 519:513-519, 2000.

Goulet, H.; Huber, J. T. 1993.  Hymenoptera of the world: an identification guide of families. Research Branch, Agriculture Canada, Otawa. 668pp




domingo, 11 de setembro de 2011

Interação entre o Homem X Animal e o tipo de Comportamento.

    Criança de um ano e oito meses começou a mamar nas tetas de uma vaca, após observar um bezerro mamando. Esse fato ocorreu na província de Siem Reap, no Camboja, depois que seus pais mudaram para a cidade atrás de emprego, informa seu avô Um Oeung.
(Foto: Heng Sinith / AP Photo)


    Há dois meses a criança começou a tomar leite direto das tetas da vaca e continua até hoje. Dentro desse acontecimento podemos notar o comportamento aprendido, processo que se manifesta por alterações do comportamento individual como resultado de uma experiência. 

sábado, 10 de setembro de 2011

Interações


Dentro de um ecossistema pode-se encontrar diversas formas de interações entre os seres vivos, chamados de relações ecológicas ou interações biológicas. Essas relações se diferenciam pelos tipos de dependência que os organismos mantêm entre si e podem ocorrer entre indivíduos da mesma espécie e indivíduos de espécies diferentes. Quando as interações ocorrem entre organismos da mesma espécie, são denominadas relações intraespecíficas. Quando as relações acontecem entre organismos de espécies diferentes, recebem o nome de interespecíficas ou heterotípicas.

Esse blog vem mostras as mais variadas formas de interações existentes, além de falar sobre educação, conhecimentos gerais e abordar temas da atualidade, que venham interessar a todo o público. Dedico em especial aos meus alunos que através deste portal poderá acompanhar assuntos e curiosidades no mundo.